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A capital amazonense possui a maior estação de tratamento de esgoto da Região Norte, a ETE Timbiras. Localizada em área urbana em um dos bairros mais populosos de Manaus, a Cidade Nova, na zona Norte, a Estação de Tratamento de Esgoto Timbiras dispõe de processos extremamente rigorosos para o processo de recolhimento, tratamento e devolução do esgoto em forma de água livre de dejetos à natureza.

 

O esgoto tratado na ETE Timbiras passa por diversos processos até chegar na sua forma líquida e com nível de pureza adequado para ser devolvido ao meio ambiente. A capacidade atual de tratamento da estação é de 220 litros de dejetos por segundo. A Timbiras pode atender até 100 mil moradores na zona Norte de Manaus e foi inaugurada em julho de 2018, com investimento da ordem de R$ 32 milhões.

 

A ETE Timbiras preserva as nascentes e igarapés por atuar na coleta e tratamento de esgoto, devolvendo aos igarapés água com 95% de pureza. A operação da estação envolve, aproximadamente, 40.000 mil metros de redes coletoras e nove elevatórias de bombeamento, que possibilitam o transporte dos dejetos até a estação de tratamento. Além disso, equipes de colaboradores se revezam para monitorar todo o processo de tratar o esgoto.

 

O esgoto demora, em média, 24h para passar por todo processo de tratamento e ser devolvido para a natureza com grau de pureza superior a 90%. De acordo com o Coordenador de Controle da Qualidade da Água e Esgoto da Águas de Manaus, Eduardo Kale, o processo utilizado na estação Timbiras é denominado de “lodo ativado” para estimular a formação de novas bactérias que vão atuar no processo de tratamento.

 

“Nesse processo, nós recebemos o esgoto na estação e colocamos lodo ativado para estimular a origem de bactérias que vão se alimentar do esgoto. Em seguida, colocamos o esgoto na etapa de decantação para separar a parte sólida da parte líquida. Após essa etapa, uma parte do lodo volta para a estação para formar mais bactérias e outra parte seca nós descartamos, colocamos em centrífugas e mandamos para o aterro sanitário”, explicou.

Segundo ele, o processo é trabalhoso e complexo, mas feito com muito cuidado e critérios de controle de qualidade. “Depois de todo esse processo, a água ainda recebe uma determinada quantidade de cloro para voltar à natureza. Por isso é um processo mais longo para ser concluído. Na estação Timbiras, nós temos também uma fonte de água, um igarapé, que chamamos de corpo receptor desse esgoto tratado que se transforma em água”, disse

 

 

 

Água tratada na Timbiras retorna ao igarapé Goiabinha, que fica atrás da ETE, com pureza superior a 90%

 

O processo de tratamento de esgoto é feito e acompanhado por cerca de cinco pessoas em cada estação de grande porte. “A Timbiras, por exemplo, já atende todos os moradores do bairro Cidade Nova. As pessoas não veem e não sabem como esse processo de tratamento ocorre, então acham que ele não existe. Mas nós diariamente estamos trabalhando para manter o controle do tratamento de esgoto da nossa cidade”, afirmou Kale.

O especialista também destacou a importância do tratamento para o meio ambiente. “Como em qualquer local, seja dentro da sua própria casa, se não houver um trato do lixo ou de esgoto, o material vai acumulando. Então nós tratamos esse esgoto para que as nascentes e igarapés possam receber essa carga orgânica que produzimos. Tratar o esgoto é fundamental para o meio ambiente e saúde. Em outros anos, o tratamento de esgoto da cidade foi abandonado”, completou.

 

ESGOTO– Atualmente, 20% da cidade possui cobertura de esgoto sob a responsabilidade da Águas de Manaus, totalizando um atendimento a 115 mil residências. Os demais moradores são atendidos por sistemas particulares individuais ou coletivos (como condomínios e indústrias).

 

A concessionária está trabalhando para ampliar a sua cobertura e as condições de acesso ao saneamento básico na capital amazonense. Desde que chegou na cidade, em junho de 2018, o planejamento de esgotamento sanitário está sendo cumprindo conforme o previsto na meta contratual de concessão.

 

O sistema de esgotamento administrado pela Águas de Manaus é formado atualmente por 600 quilômetros de rede coletoras, interceptores e coletores troncos, 46 estações elevatórias e 81 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s). Outras duas estações foram inauguradas em 2018, a ETE Vila Nova, na zona Norte, e ETE Ayapuá-Xingu, na zona Oeste. Juntas, elas têm capacidade de beneficiar 17 mil manauaras.

Por mês, 1,5 milhão de litros de esgoto são coletados e tratados pela concessionária. A meta da concessionária Águas de Manaus, estabelecida em contrato, é chegar a cobertura de 80% de tratamento de esgoto até 2030. Isso colocará Manaus em patamar superior a atual média nacional de tratamento de esgoto (cerca de 46).  Investir em saneamento é promover saúde, qualidade de vida e outras melhorias que impactam no desenvolvimento socioeconômico da cidade, como o turismo. O tratamento adequado dos esgotos é um ganho para o meio ambiente, para a preservação dos rios e igarapés, tão característicos em Manaus”, destacou o diretor-presidente da Águas de Manaus, Renato Medicis.

 

 

Em 2020, a concessionária está investindo em extensões de redes de esgoto em locais como o conjunto Águas Claras, Dom Pedro, Kissia e Eldorado. A empresa também vem trabalhando para conscientizar e orientar a população sobre como desenvolver novos hábitos e estimular a percepção da importância da água tratada e do esgotamento sanitário para a saúde pública e melhoria da qualidade de vida, bem como a regular conexão ao sistema.

 

INVESTIMENTO –  Para cada R$ 1 investido em saneamento, o poder público economiza R$4 reais em investimento na Saúde. Por isso, a Águas de Manaus tem um plano de investimento contínuo em saneamento básico até 2030 na meta contratual que é fiscalizada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Manaus (Ageman). “Temos um investimento previsto em contrato para garantir que em 2030, 80% de Manaus tenha cobertura de esgoto”, destacou o diretor-presidente da Águas de Manaus, Renato Medicis.

 

 

 

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