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 “Porque somos cidadãos, todas as causas nos pertencem de alguma medida. Não é só porque não sou negro, ou não sou indígena, que não vou apoiar a causa dessas pessoas”. A declaração é de Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil ao reforçar mais uma ação do programa “Respeito  o Tom”, da Águas de Manaus. A discussão acerca da igualdade racial foi destaque da programação do mês de janeiro nas unidades da concessionária na capital.

Luana Génot, que também é autora do livro “Sim à Igualdade Racial”, salientou a necessidade de reflexão por parte de todos sobre o respeito às diferenças e uma postura ativa contra qualquer tipo de preconceito. “Conseguimos perceber que todos temos realidades e ideias bem diferentes. Precisamos acreditar que igualdade racial é investimento em crescimento socioeconômico. Não é caridade”, defendeu.

Ela também falou sobre a parceria com a empresa. Na Águas de Manaus, o programa foi lançado no ano passado. “O Respeito  o Tom é recente em Manaus, mas já faz parte da cultura da Aegea. Tem sido a empresa mais engajada de todo país, com toda a certeza. É uma empresa que entende que a igualdade racial e a diversidade como um todo fazem parte do negócio da empresa. O programa tem despertado um pertencimento e um cuidado com os colaboradores”, afirmou.

“É importante falar sobre igualdade e como a empresa é engajada nesse compromisso”. A declaração do Diretor-Presidente da Águas de Manaus, Renato Medicis, reforça o compromisso da empresa com o programa. “O respeito abrange todos. Infelizmente, ainda há preconceito no Brasil, sem avaliar o histórico das pessoas, pelo sotaque, pela cor da pele, por alguma deficiência, pela região onde a pessoa nasceu”, afirmou.

Alguns participantes do “Jogo dos Privilégios”, dinâmica que foi utilizada durante a programação, comentaram a importância do incentivo à reflexão. “O mais importante é estarmos conscientes que precisamos fazer a diferença. A dinâmica só vem reforçar as atitudes que a empresa vem tomando para procurar mudar”, afirmou a gerente do setor jurídico, Carolina Gregório. A gerente de planejamento, Nabade Queiroz, também lembrou sobre sua superação em muitos momentos.

“Nós começamos a refletir no dia a dia. Eu vim do interior e sempre vim com a realidade de desigualdade de renda e diferenciação social. Superei muitas dificuldades”. Outra funcionária que também lembrou da importância de combater o preconceito foi Simone Oliveira, que é PCD. “Já sofri vários preconceitos pela minha deficiência física, tive paralisia infantil aos 8 anos. Além disso, sempre estudei em escola da rede pública. Sofria muito em casa, tinha questionamentos sobre a minha vida pessoal e profissional. Mas hoje, se eu estou aqui, é porque eu venci”, destacou.

PROGRAMA – O “Respeito  o Tom” é o Programa de Diversidade e Igualdade Racial da Aegea e vem sendo implantado em todas as unidades da companhia desde 2017. Em Manaus, a meta é conscientizar os colaboradores sobre o papel do negro na sociedade atual e a partir disso, tornar o ambiente de trabalho na empresa livre de qualquer tipo de racismo, preconceito e discriminações.

O programa é pautado em três pilares: empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento. Um dos objetivos iniciais é ampliar o número de pessoas negras em todos os níveis do quadro de colaboradores em Manaus. Os funcionários da Águas de Manaus também participam de diversas rodas de conversa sobre o tema nas unidades da concessionária, como a Ponta do Ismael (Compensa), o Distrito Norte (Cidade Nova) e a Ponta das Lajes (Colônia Antônio Aleixo).

 

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